terça-feira, dezembro 02, 2008

5 minutos

Como as coisas mudam de lugar! De um minuto pro outro, você se vê completamente cético e racional em relação a coisas que querendo ou não, estão distantes do seu alcance de compreensão. Posicionar-se em lugares diferentes, como é necessário para não nos acostumarmos com a zona de conforto em que nos encontramos e depois, quando mudarmos de posição, sentirmos completamente sem rumo, sem direção, na dúvida.
Nada na vida é certo, com exceção de que o certo é que tudo é incerto. Como eu costumo dizer isso. Acontece que eu to aprendendo a viver essa filosofia na íntegra agora, apenas, e na base de baques. Essa mania de querer fazer um Programa de Metas com amadurecimento definitivamente não funciona. Roma definitivamente não foi construída em um dia, assim como Brasília não cresceu 50 anos em 5, como planejado.
O incômodo de um ano atrás voltou. Justo agora, que eu me sentia inabalável, intocável. Agora que eu achava que nunca mais ia senti-lo de novo. Doce ilusão! Meu peito dispara. A angústia está torturando. Não vou descontar esse sentimento em carboidratos como costumava fazer e sim canalizar tudo, de outra maneira.
O destino parece que olha pra mim e diz: “Você ri e se sente imune, mas dá uma olhada no espelho e veja como os seus olhos brilham você quer rosas, beijos e alguém pra lhe dizer um monte de mentiras que aparentemente são lindas”.
Com certeza eu estou enfatizando uma dor que está na minha cabeça. Todos falam do amor de uma forma tão linda que por um momento eu tirei meus pés do chão, minha cabeça foi pras nuvens, mas eu preciso aterrissar e ver as coisas da formam que são.
Talvez, seja apenas o prazer da perseguição que me atrai como sempre me atraiu. A fome pelo fruto proibido. Isso é tudo o que eu conheço. Sei que tudo o que eu pensaria caso tivesse o que quero, é aonde eu podia estar enquanto estivesse em casa.
Está na hora de ir atrás do desconhecido. Alcançar as estrelas. Mas meus pés estão pregados no chão. Minha cabeça está tão pesada com pensamentos, com possibilidades, inseguranças e dúvidas, que não consigo sair do lugar. Finalmente entendo o que Renato Russo queria dizer quando dizia: “E você estava esperando voar, mas como chegar até as nuvens com os pés no chão?”.
Hora de aprender a carregar a minha bagagem e seguir viagem, tendo na mala o que conquistei e espaço pra colocar o que na minha frente tem pra eu conquistar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Flavinho, apesar de você parecer achar diferente, percebi grande amadurecimento seu demonstrado nesse texto. É essa coisa de admitir seus erros e seus acertos, admitir o que se é, perceber o que se quer e ir mesmo atrás, mesmo que doa, mesmo que sei lá o quê.

Continue sendo espero e canalizando de formas bem mais produtivas que as antigas. Você já viu que é capaz. Continue deixando seus amigos assim, mortos de orgulhosos de você.

E nem se preocupe que os pés logo logo aprenderão o caminho pro céu. :P


Beijão, querido!
:*