Agora eu sinto como se estivesse me justificando pelo meu atraso.
Recentemente decidi escrever. Não sei sobre o que ou até mesmo o que escreverei, mas já comecei.
Agora, às 6:00 da manhã, me veio à cabeça a palavra vingança. Existe algum ser tão puro que não tenha esse impulso? Reformulando a pergunta: Até que ponto dá pra se aguentar um tapa na cara e quão forte ele deve ser para superar o "oferecer o outro lado da face?"
Já me culpei muito por ter me entregue a esse desejo. Muito. Mas nesse momento eu me questiono se me culpei pelo dano que causei ou pela decepção em mim mesmo. Quem quer ter o adjetivo de vingativo pra acrescentar na listinha de defeitos? Eu não queria. Deveria ter pensado antes de agir. Mas eu devo me punir por algo que está / estava dentro de mim ou por ter agido em prole do que estava dentro de mim? A culpa é uma coisinha filha da puta que nos suga. É como uma droga que quanto pior os efeitos colaterais dela, melhor é a sensação em usá-la.
Eu não quero me culpar refletindo o que eu acho estar no outro. Lê-se: Eu não quero ser julgado pelos outros por mim mesmo. Queria eu ser o meu próprio juiz, mas não dá, mas não vou ser porque felizmente, ou não, vivo em comunidade onde tenho muitos pra assumir essa posição. A questão é: como eu não vou me importar com o que pensam de mim ao ponto de receber a punição que somente eu devo me dar e não os outros? Tough question.
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