Eu sei que não sou a pessoa mais flexível do mundo, mas eu não consigo acreditar que o que me irrita em uma pessoa é o que eu não gosto em mim. Outro dia vendo duas pessoas vivendo, me deparei com a seguinte situação: "A" havia pego uma sacola retornável, para levar seus pertences para o trabalho, que aparentemente era de "B", quem imeditamente se manifestou dizendo: Não se esqueça de trazer minha sacola de volta. Ora, dentro da gaveta haviam várias, o que não faria muita diferença caso "A" perdesse a sacola, pois "B" teria várias outras para usar. Me perguntei por que "B" dava tanto valor à essa sacola, o que impulsiona alguém a ser tão possessivo com suas coisas. Eu tenho os meus dvds, as minhas roupas, a minha cama, meu computador que é lógico, eu fico com receio às vezes de emprestar, mas eu empresto porque sei a quem empresto, isso não me torna alguém egoísta, possessivo. Não ao meu ver.
Eu não moro com "B", eu passo muito pouco tempo com "B", na verdade, mas esse pouco tempo às vezes me tira do sério por algum motivo. Sempre que penso sobre essa irritação, vejo minha mãe na minha cabeça me falando que eu devo procurar em mim o que me irrita tanto em "B". Talvez seja a inconstância do meu humor, a forma como pra certas coisas sou tão metódico e pra outras, tão prático. Me analisando agora, fica fácil de acreditar em projeção sim. Damn it. O problema então não é somente com "B", mas com a minha dificuldade de lidar com isso em mim. Eu sei que não sou egoísta, mas sou muito metódico e inconstante e é isso que "B" me faz ver em mim mesmo através de sua inconstância e de seu metodismo.
Quem diria, eu e "B" temos mais coisas em comum do que eu imaginava...
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