"Eu só quero que as coisas durem."
Está minha insegurança na fragilidade das relações? Sempre lembro da cena em que brincava com uma boia enquanto ele passava sua muda de roupa e deixava no armário uma gravata e uma camiseta. Pedi que não fosse embora, que participasse do meu mundinho e não saísse dele. Pedido negado. Agora, por que isso ficou na minha cabeça até hoje? Será que eu sonhei? Será que minha cabeça inventou e distorceu esse evento da minha vida? Acho que não e com certeza. O que eu sei é que esse não deu uma sacudida na minha segurança. Foi um não ao parentesco à relação. O mesmo não que eu temo em ouvir em todas as minhas relações.
Agora vejo que esse temor reflete no meu comportamento. Ouvi que aparento descartar as pessoas. Embora eu me sinta o descartado, eu descarto o outro antes que assim me façam. Mas ninguém vai ser o Flávio Edilson, nunca. Ele é alguém que eu não conheço, alguém a quem eu joguei um milhão de projeções, de porquês e culpas. Alguém que eu não faço ideia quem seja. A pergunta é: Eu quero mesmo saber quem ele é?
Vamos aos Prós e aos Contras:
Prós: Desencargo de consciência. Fala.
Contras: Me magoar, magoar os próximos.
Quando você deixa de fazer algo que é importante pra você pra fazer algo que é importante pro outro, isso te fere e você nunca mais recupera esse tempo perdido.
Mas será que é realmente importante pro outro o que eu me nego a fazer? Eu tô com medo. Mas eu preciso vencer esse medo.
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