terça-feira, fevereiro 25, 2014

O peso da palavra só é sentido após proferido. Tudo pode ser dito, todavia, há um porém. Um ou alguns. Alguns aliviam, outros não. Os que não aliviam na mente ficam pesando, batendo, gritando, ensurdecendo até algum momento em que não há mais culpado. Culpa, como lidar com a culpa sem comprometer a presença total no diálogo? Como manter o diálogo após entrar em introspecção? Como não negar seu fluxo? Cadê o sentido? Cadê o amparo, as respostas, a ilusão? 

Dia de dúvidas.



segunda-feira, outubro 14, 2013

É só fazer.

Um amigo ou amante não consegue se comunicar e dizer o quanto algo lhe incomoda? 
Difícil. Porém, até que ponto o problema é seu? Talvez o problema maior seja seu com o jeito do outro de se portar. 
Vai pirar e criar confusão? Soltar comentários passivo-agressivos pra machucar e consequentemente ser machucado de volta? 
Para essas razões há ainda uma mais pertinente: Até que ponto o coleguinha e o Eu estão dispostos a mudar essa relação? Se não há disposição ou energia para mudança, é de observação que as partes se ferem e no momento em que uma decide mudar, ambas as partes se encontram em um desconforto maior que o sentido no momento em que aconteceu o fenômeno da superação da relação observada.
Particularmente, é cansativo e somatizante. Se ligue e vá buscar uma forma de se relacionar melhor, caso não dê, manter algo pelo "mas são tantos anos", "cicrano é difícil de abrir mão" ou "uma hora ele vai mudar" são razões de pouco ou quase nenhum vigor para sustentarem um relacionamento. 

segunda-feira, junho 17, 2013

Sobre os sinais.

Do jantar à cama verso Da porta à cama. 

É complicado se ligar dos sinais que você passa pras pessoas. Principalmente quando você não tá muito ligado do que tá sendo passado pra você. Muito se presume e de presunções se criam miragens. Esse movimento, de transformar o imaginário no que se espera do real é bem típico em minhas ações. 

Não consigo entender a lógica das pessoas, por isso as quebro. Assim como tudo que não entendo, que não se encaixa. Tende a ser destruído. Até quando? 

terça-feira, maio 28, 2013

Ai que estranho. Tá tudo muito estranho... Mas o tempo que passo olhando pra um ponto só diminuiu um pouco. Tô só ansioso, mas, qual é a pressa?

Hora de continuar a reposição de significados. Como ser pai de si mesmo? Tá sendo difícil me impor limites. Tá na hora de dormir. Vá dormir, Flávio.

Me toco que tá difícil me obedecer. Problemas com ordens. À espera de algo. Outra oração recorrente no meu diálogo.

sábado, maio 25, 2013

Prestes ao encontro com o Estranho. O nervosismo é mais em relação a não saber onde tô pisando. Que território é. Conversas são boas, embora lentas. Me incomoda o tempo, o demorar, o não saber o que é e onde vai dar esse demorar.

Devo estar fazendo algo diferente. Definitivamente. Na minha cabeça tento separar preto e branco, frio e quente, amigo e amante. Mas por outro lado, a situação em que me encontro é de não conseguir definir nada disso. Absolutamente nada. Até fico indo e vindo na cabeça com os pensamentos tipo num balanço. Pra frente e pra trás. Bizarro.  

Me incomoda a consciência de que tô tão preocupado com isso. Com a forma que vou me passar. Por quê? Medo de ter uma rejeição? Mas tô ganhando uma noite à fora, uma saída, um Órbita, uns cosmopolitans e a cortesia de uma companhia estranha, o que me faz questionar estranho ou novo? De novo definindo, hein? Mas será que talvez eu tenha um pouco dessa necessidade? Talvez sim, só sinto que não devo deixá-la se tornar excessiva. Acho que talvez não seja só a possível rejeição, mas também a quebra de hábito. E eu consigo entender que não é sobre estar incomodado de uma forma totalmente ruim. É um incômodo tipo quando se muda de cidade que não se conhece ninguém. É o incomodo de conhecer um novo. Há novidade no estranho.  

Acho que não devia estar tão angustiado. Passei a semana conversando e esperando e tudo muito lento, muito... parado? Não, parado não. Tudo no seu tempo. No tempo dele. No meu tempo. 

O que é? Eu não sei. Sempre reclamei de quem definia as coisas muito rápido e me peguei fazendo a mesma coisa. Ou seja, reclamei de mim mesmo. Haha, é uma reclamação antiga, até. 

Definir o indefinido. Pra deixar as coisas previsíveis? Sempre fui muito extremos e agora tô bem em cima do muro, sem saber onde cair, embora sinta que esteja forçando pra cair em algum lugar. Mas talvez não seja sobre cair. Seja sobre me equilibrar. Tudo isso com um só estranho. Wow, "Tudo isso com um só estranho"? Pera, que que eu disse? É... Algo definitivamente mudou.

Me vem na cabeça "Por que preciso de um estranho pra viver isso?". Acho que deve ser porque já tô há muito tempo dentro do conhecido. Mesmos assuntos, mesmas dinâmicas, mesmo ciclo. Tá na hora de começar coisas novas. Assuntos, papéis, textos e peças novas. 

Merda!

"Obtém mais da dependência que da cortesia. Quem já matou a sede dá as costas à fonte, e a laranja espremida passa de ouro a lodo. Finda a dependências, desaparecem as boas maneiras, bem como estima. A lição mais importante que a experiência ensina é conservar a dependência, e nutri-la sem satisfazê-la, mesmo diante de um rei. Mas não chegue a extremos, calando para que os outros errem ou tornando o mal incurável em proveito próprio." Baltasar Gracián

Aceitação.

sexta-feira, maio 24, 2013

Como ser pai e mãe de si mesmo.

        .Esses dias me senti muito mimado. Notei que limite me faltou ser dado por mamãe e papai. Fiquei com raiva, notei o quanto o adjetivo mimado gera uma série de comportamentos chatos, esperançosos e iludidos.  Me encontro adulto já, mas agindo como uma criança. Cheguei a um pensamento que à esta altura do campeonato não há mais nada que meus pais possam fazer por mim, agora sou eu e eu mesmo. 
         .Se sou só eu por mim isso implica uma série de fatores, tais como, eu devo me educar, - educação é uma função de ordem familiar ou pessoal? Ou ambas? Em que momento você sai de si para se repreender quando tá fazendo coisa errada? - eu devo regrar, tolerar, compreender e amar. 
        .É muito complicado isso tudo. Como você se divide em dois? Como se tornar multifacetado para interpretar diferentes papéis dentro de si mesmo? Todas essas perguntas são de mérito pessoal e subjetivo, mas, qual é o meu significado a isso tudo? Sensação de estar vivendo uma paranoia torta. O que está mais próximo de si é por onde começar. No momento, observei que tem algo errado e devo encontrar uma forma de lidar com esse erro. Acho que em relacionamentos espero algo das pessoas que na maior parte das vezes elas não podem dar e esse não poder me faz agir birrento e impaciente. Tolerância se vendo aonde, meu senhor? Eu aprendi a lidar com algumas faltas, ou redirecionei a demanda para outros focos. Lidar com falta. Primeiro exercício talvez seja fazer cortes. Excessos. 
          .Como vou dar novos significados a quantidades: Primeiro vou cortar tudo para começar o processo de medidas novamente. Isso implica dinheiro. Minha primeira atitude como pais de si mesmo é controlar os gastos.

terça-feira, maio 21, 2013

Sobre o falar

Vivi muito. Chega. Quero parar, tá tudo acontecendo muito rápido. 

Cenário:
Aluno colegial com uma mochila pesada mais muitos livros nas mãos e todos dando mais leituras, mais conteúdo, mais trabalho...

Essas duas semanas foram muita informação não processada e não elaborada. São expectativas de comportamentos, posições que me levam ao mimo. E aí, como é que eu lido com isso? Perguntei se dá pra gente mudar a forma de agir, de portar, etc... Me disseram que dá trabalho, mas que dá sim. Tô observando que essa posição me frustra, me cansa. E a real é que eu tenho que encontrar a minha forma de agir. 

Agora, como se sai da rotina? Como se quebra um padrão? Porque os sentimentos tão lá, né? Os impulsos. Todos lá. Agora parece que eles existem devido a algo anterior. Como eu chego nesse anterior e mudo? O que é que tá ao meu alcance? Tenho um pouco de angústia porque tô fora de controle. Tô cego. Tomando decisões que não estão sendo pensadas. 

Essa semana me peguei caindo na vibe do Cadu. Mesma coisa, mesmos indícios. Hesitação, precipitação, agindo como quem não quer nada, mas sentindo tudo no fundo. Mais quieto em sua presença mas agindo como se estivesse sob controle. Não, hein. Que que eu faço? Que que eu faço? Aí, ó, eu tô saindo com outros caras pra ficar numa boa, não ter a sensação de que eu não tenho algo que eu pensei em ter (um partido em minhas mãos) Meu deus, como eu me sinto tolo. Porque eu tô me enganando e tá sendo patético. Mas é que é difícil admitir que eu preciso de algo. Não gosto de passar a imagem de carente. Não gosto de ser carente. Carente de atenção. Sempre digo que não quero envolvimento, que não consigo, de fato, até quando estou em relacionamentos, me esquivo. Invento desculpas, esfrio, caio fora. É o ciclo: Sempre começar algo novo. É isso. Minha lógica. Adrenalina do novo. Mas já se torna previsível porque eu tô vivendo isso desde os meus 16. Já sei os passos. Mas eu não tô sabendo ir depois disso...

Lá vem aquelas vozes de "coitadinho dele, olha como foi infligido por uma ação do passado" ou "É tudo culpa do pai que não deu atenção" Mas de um lado tinha a atenção de Pai e Mãe ''dada'' por uma só pessoa. Logo, deve ser natural eu esperar dos outros uma atenção dobrada! E aí é que eu fico com raiva da minha mãe por isso. Eu sei, que ela estava tentando fazer o melhor. Mas não sei se algumas pessoas nascem pra ser pais. Será que alguém nasce pra ser algo ou as coisas acontecem. Acho que as coisas acontecem e a gente lida da maneira que pode... No caso dela, foi a forma como ela encontrou.

Tá vendo? Eu já estava prestes a jogar culpa, ao invés de lidar com como agir.  Mas a culpa deve fazer parte do processo. Só fico vendo que quanto mais eu tento superar as coisas rápido, mas eu finjo,mais me engano, mais dá errado....


quarta-feira, maio 08, 2013

Cansei de ser filho único.

São muitas amarras. Muita responsabilidade. Muita gratidão. Muita obrigação. Muito.

Parece que o único momento em que vou me livrar de toda essas amarras é quando me ver órfão. E não é que eu queira ser um pra ter mais liberdade, longe disso. Amo a minha mãe e quero que ela viva por muitos anos. Mas não gosto de sentir que não poderia sair daqui ou ir atrás de coisas porque tudo sempre me foi dado. 

Dor na cabeça. Nos pensamentos. Eu preciso quebrar essa idéia de ir atrás de pessoas que façam tudo por mim e começar a fazer por mim mesmo. Eu preciso. Eu tenho. Eu devo. Eu devo isso a mim. Guardo ressentimento pela forma como fui criado porque agora eu tenho que me criar. Me condicionar a agir de uma forma que me é estranha. Típico de menino mimado. 

Me dá raiva sentir preso a toda essa obrigação moral e social na qual  me vejo.  Eu nem sempre quero estar aqui. Nem sempre quero falar e ouvir o que os outros têm pra dizer e mesmo assim eu fico. Mesmo assim eu escuto e rebato. Não aguento mais. Não quero mais ouvir problemas, encontrar soluções, forçar sorrisos, fingir que tô bem. Isso me leva pro meu trabalho. Me sinto ludibriado e forçado em ter aceitado ir trabalhar em uma sede na puta que pariu, onde, me foi dado a esperança de coisas que amenizariam o fato de ter ido pra lá e não foram dadas. No final das contas, a escolha foi minha. Mas acho que deveriam ter dado algum tipo de conforto. Venha a nós o vosso reino. 

Eu sou empregado e não patrão. Cansei. Preciso estudar e ter meu próprio negócio e trabalhar dentro de condições que sejam mais favoráveis a mim.  

terça-feira, abril 23, 2013

Ao palavrão.

Que bloqueio. Um cigarro na esperança de conseguir elaborar o inexpressável. Foi um desentendimento. Foi uma interpretação errada. Foi uma palavra em vão. Eu tô tão dentro de mim que não tô me suportando. Sem paciência. Outro dia disse sobre as coisas que sentia necessidade, mas no fundo sei que eu não tô preparado. 

Tô cansado. 

São 23 anos caindo na mesma pedra. Eu não sei elaborar sobre mim.

Nasci no dia 22 de janeiro de 1990. É o que diz minha certidão de nascimento. Minha memória mais antiga me leva a um dia escuro na sala de estar brincando com um poodle de pelúcia em frente a um toca vinil. Minha segunda memória mais antiga é o dia em que meu pai saiu de casa. Depois disso lembro de pouco, lembro que era bom ser criança. Lembro que era ruim o dia dos pais. Lembro que minha mãe sempre trabalhou muito, sempre me deu muitas coisas. 

Hoje me vejo com 23 anos com uma enorme dificuldade de me relacionar, me expressar, me fazer entendido e me respeitar. 

Pra mim isso é mais um relato de como sou miserável. Mas não sou só isso. Só tô sendo dramático. 

sábado, abril 13, 2013

Sobre Tu


Sobre o Eu e o Tu

Existem momentos, emoções, vivências e aprendizados que só se vive com Manu. Ontem dia 12 de abril, três dias antes da partida, me soltaram a seguinte exclamação: "É engraçado que pessoas entram na nossa vida e nós só sabemos o impacto causado por elas em duas situações: Na despedida ou quando a pessoa realmente impacta logo de cara"
Sobre Manu tenho algumas coisas pra falar: Não foi nem na primeira vez que a vi e muito menos na despedida que me toquei do quanto fui impactado. O momento em que percebi o quão impactando Manu é, foi em um momento de atrito, de discussão. Foi em um momento de crescimento.
Ao longo dos meus 23 anos conheci muitas pessoas, pessoas que vieram e ficaram, pessoas que vieram e foram, que receberam muito ou pouco significado, pessoas que só conheci o nome, pessoas que nem o nome conheci, mas fui apresentado todavia, com nenhuma dessas pessoas vivi o aprendizado que vivi com Manu.
Sobre Manu, a delicadeza. Eu tento procurar palavras que expressem a forma como me sinto, mas vai além pois está no sentir e não no falar. Mas se pudesse expressar sem nenhum tipo de interpretação, na essência, eu diria que me sinto em paz, protegido, seguro a seu lado. Sobre Manu me vem a calmaria, o porto seguro e a bonancia. Sobre manu me vem o laço, a conexão, a ligação, o presente e o futuro, sobre o futuro com a Manu distante me vem o leve desespero da mudança, mudança essa que causa desconforto, que mexe com o meu dia, com a minha vida e dinâmica mas que COM isso me faz ver pontos em mim a serem analisados e que SEM Manu, eu provavelmente não veria.
Saindo um pouco do Eu e voltando pro Tu, Manu tem em si o dom da fraternidade, acho que ainda vai mais além... Da maternidade. Ela entende, ela ama e ela briga. Tudo em seu momento. Sobre Manu, uma mulher dotada de características explendidas, ela perdoa. Ela perdoa. Ela difere, ela adiciona, ela se move, ela é, ela será. Será mais. Será muito mais que nossos olhos podem ver.
Voltando pro Eu, tenho a oportunidade de dizer o quanto Emanuelle Mascarenhas é importante pra mim e difere na minha vida e me impactou. Ela está no meu dia, quando acordo meu pensamento a encontra e a deseja um bom dia, ela está nos meus "bom-dias". Ela está na minha casa se fazendo corpo e alma presente, pra ser um pouquinho mais reduntante, se fazendo um inteiro. Manu em nenhum momento é metade. Ela é inteira. Ela é um inteiro, uma peça única, um todo que está dentro de mim. De Manu apenas levo coisas boas,  Manu é bondade e só dá o bem quem o tem.
Tenho em mim que o que é vivido com Manu é de tamanha força e significado que jamais é esquecido. É regado. E com isso termino te dizendo que tudo que você é, todas as coisas que você me ensinou, que aprendi, e vice e versa, está tudo em nós. Aprendemos a nos relacionar com pessoas, os proximos personagens que entrarem na peça que é a nossa vida terão muita sorte de nos conhecer por um motivo: Porque eu te conheci e porque você me conheceu. Ao Tu, eu tenho muito a agradecer.


Obrigado, Emanuelle Mascarenhas.

quarta-feira, fevereiro 20, 2013

"Eu só quero que as coisas durem."

Está minha insegurança na fragilidade das relações? Sempre lembro da cena em que brincava com uma boia enquanto ele passava sua  muda de roupa e deixava no armário uma gravata e uma camiseta. Pedi que não fosse embora, que participasse do meu mundinho e não saísse dele. Pedido negado. Agora, por que isso ficou na minha cabeça até hoje? Será que eu sonhei? Será que minha cabeça inventou e distorceu esse evento da minha vida? Acho que não e com certeza. O que eu sei é que esse não deu uma sacudida na minha segurança. Foi um não ao parentesco à relação. O mesmo não que eu temo em ouvir em todas as minhas relações.

Agora vejo que esse temor reflete no meu comportamento. Ouvi que aparento descartar as pessoas. Embora eu me sinta o descartado, eu descarto o outro antes que assim me façam. Mas ninguém vai ser o Flávio Edilson, nunca. Ele é alguém que eu não conheço, alguém a quem eu joguei um milhão de projeções, de porquês e culpas. Alguém que eu não faço ideia quem seja. A pergunta é: Eu quero mesmo saber quem ele é?

Vamos aos Prós e aos Contras:

Prós: Desencargo de consciência. Fala.
Contras: Me magoar, magoar os próximos.

Quando você deixa de fazer algo que é importante pra você pra fazer algo que é importante pro outro, isso te fere e você nunca mais recupera esse tempo perdido.

Mas será que é realmente importante pro outro o que eu me nego a fazer? Eu tô com medo. Mas eu preciso vencer esse medo.

domingo, fevereiro 17, 2013

Grito no Everest

"O meu negócio é que eu preciso ficar calma e relaxada ou pelo menos parecer assim pra uma pessoa"
O que!? Isso tá muito errado. Ou você está estressado e tenso ou calmo e relaxado. E você não tem nada que parecer nada pra ninguém. Acorda, quem quer que você seja. Seja você mesma ao invés da sua projeção nos olhos dos outros. Te amo mas você me sufoca, me faz mal, não me considera e eu não quero, não preciso, não devo me permitir me relacionar contigo, sua doente. Fique de boa no teu cantinho com suas pessoas que eu tô tão de boa... Só quando me lembro de você ou ouço falarem de você que fico negoçado. Mas vou achar um lugarzinho pra você no meu quarto. Nem que seja no baú de tralhas antigas, recordações e souvenires. Bye.

O Hoje

O saldo do hoje é: Voltei a ser eu mesmo. Voltei a falar as coisas que falava, a agir de maneira espontânea, sustentar uma conversa, conhecer gente nova e reconhecer gente velha. Tô bem, tô organizado, tô fazendo sentido. Foi bom sair e trocar uma ideia com alguém. Ver que o que eu achava, era de fato verdade, que a minha intuição de fato é sensata. Mas melhor ainda, foi conversar de boa, falar, colocar os pingos nos Is. Foi ótimo também o toque íntimo com alguém. Sentir isso de novo foi ótimo, na verdade, o que foi ótimo foi perceber que tenho sensibilidades em áreas mortas até então. Tô de volta a vida. Bom dia.

Relacionamentos

Nada melhor que você olhar pra trás e ver as pessoas que você passou e dispensou, mas que foram muito legais com você e se entender e tentar fazer um pouquinho diferente. Nem que não dê em nada, mas fazer um pouquinho diferente.

sexta-feira, fevereiro 15, 2013

Da árvore da vida.

15 minutos do seu tempo que era escasso, foram os 15 minutos mais memoráveis e significativos. Obrigado.

Dream a little dream of relief.

Marília. Conversa. Desabafo. Aceitação.

O quarto

Arrumei tudo, joguei fora muita coisa, reposicionei objetos, guardei coisas. O mesmo fiz na minha cabeça. Te coloquei no seu devido lugar, consigo enxergar um chão, onde pisar... Demorou mas ainda sinto que tenho algumas coisinhas pra arrumar ainda, mas tenho ciência de que está tudo organizado. Estou bem. 

No quarto, não vai ser qualquer pessoa que vai entrar. Na minha cabeça ninguém vai bagunçar. Eu estou livre.


terça-feira, fevereiro 12, 2013

Meu primeiro amor

Meu primeiro amor foi um garotinho da quinta série o qual eu não consigo me lembrar, sei que ele tinha pele branca e cabelos escuros. Só consigo me lembrar de suas costas. Ele sentava de costas para mim, ele vivia de costas para mim e eu à procura de seu relance. Queria ser aquele garotinho que em minha recordação seja de pele branca, minha memória o amarela. Eu queria ser o centro das atenções naquele meio, era de meu costume ter todos os olhos virados para mim, então quando cheguei naquela escola e me deparei com o anti costume, comecei a querer a atenção dos que não me olhavam. Meu deus, lembro como era bom ter o conforto dos que já me conheciam... O negócio é que eu acelerei, fui com tudo... De 0 a 100. Eu encontro respostas para perguntas direcionadas a comportamento do passado, mas e daí? Será que isso me ajuda em algo?

Não sei, só sei que esse garotinho não tava nem aí pra mim e eu queria a atenção dele. Ele não me deu, eles não me deram e eu tô cansadinho de procurar. Agora eu acho que já posso respirar. Eu te coloquei no seu devido lugar da estante... Embora ache que deva te guardar dentro de um baú, bem inavistável, inalcançável... Não quero mais lembrar de você. Agora com o outro você, eu ainda não sei bem o que fazer, não sei se te uso, dando-te uma chance e aproveitando de certos benefícios ou se te descarto. Veja bem, tenho duas opções: A primeira é  uma troca de interesses e a segunda é o descarte... O que é que eu deveria estar descartando?

domingo, fevereiro 03, 2013

Note to self

Não atropelar a ordem natural das coisas por estar maravilhado em estar vivendo muita coisa nova e linda.

Sobre o reconhecer.

Hoje conversando com amigos, ao deparar com o tato em que um de meus amigos lida consigo me fez perceber que é isso que estou buscando no momento. Desapego de neuras e obsessões. Quero poder dizer o que eu penso sem ficar me preocupando o que vão achar, só pelo encargo de não guardar sentimentos, no sentido de indagações e pesamentos, seja para um amigo, seja para um ficante, seja para minha família. 


Tô notando que os meus pensamentos estão mais organizados que anteriormente, que as minhas idéias têm mais nexo, logo, fazem mais sentido. Eu tenho um pouco mais de consciência sobre a correlação das minhas idéias. Talvez eu nem tenha tanta noção quanto eu acho que tenha, mas eu tô buscando. 



Recentemente me dei conta que estou pronto para começar a me ver com uma pessoa novamente, quando digo começar a me ver com alguém novamente, me refiro ao fato de que ainda tenho algumas questões para tratar, veja bem, digo algumas e não muitas, a coisa já não está tão distante de ficar pronta como era há alguns meses. Finalmente me vejo livre de você, Duda, finalmente eu me livrei do drama que era me obcecar com teu paradeiro, como você estava, como seria se fosses diferente de quem realmente és. Quer saber? Eu funciono lentamente, logo, meus pensamentos precisam de um tempo para serem completamente processados e digeridos; é até algo que eu devo exercitar: a aceleração do tempo em que passo chateado sobre alguma fatalidade do cotidiano. "Quanto menos tempo eu passo numa bad, mais rápido eu supero as coisas da vida."



Me dá até uma falta de ar, porque apesar de haverem sido até então três parágrafos, parece que eu tirei um mundo de dentro de minha cabeça. Minha cabeça tava um quarto BASTANTE desorganizado, agora eu sinto que ela tá bem mais clara com as coisas bem mais em seus respectivos e novos locais.




Com um peso tirado das minhas costas: Público uma carta para Kelvin, o que me desvirginou.








Olá, Kelvin, tudo bom?

Bom, primeiramente, desculpa o tom grosso na mensagem do whatsapp. Gostaria de ter respondido teu comentário sobre o meu sumiço de maneira mais bem educada e mais pontual. Como ultimamente tenho estado em uma vibe de deixar de se acomodar no “gostaria de ter feito” e acabar nunca fazendo, vou te explicar o que houve e gostaria que você lesse numa boa pois é numa boa que eu lhe respondo:

Como não é estranho pra você, segunda feira nos conversamos,  falamos sobre nossa rotina, trabalho, horários, gostos, nossas afinidades, o que achamos da noite anterior e mais importante: falamos sobre o comportamento “na maioria das vezes inexistente” nas pessoas sobre consideração em dar um tchau ou um boa noite de “bacana te conhecer”, to indo embora. Quando na terça feira de manhã às 10 te mandei um bom dia, confesso que o mandei como um pretexto pra falar contigo, ter uma razão pra saber como você estava, como tava o dia e enfim, desejar um bom dia, fiquei  surpreso com o teu “obrigado” monossilábico, que embora educado e completamente cabível baseado na conversa moral sobre as pessoas, foi contra o que EU tenho como reciprocidade de diálogo, ou seja, acabou tornando-se mais um monólogo do que um diálogo quando não houve interesse em um simples “bom dia pra você também.”

Digerir isso durante o dia foi muito intenso,muito mesmo. Imagina então como foi quando após lhe mandar uma mensagem no final do dia notar o não interesse no esforço proposto para manter uma comunicação ao perceber que a mensagem havia sido lida e apenas escolhido não ser respondida não foi possível conter o vômito de palavras. Soltei o “entendi, boa noite”.  Quando você me mandou as interrogações, interpretei como se você não estivesse entendendo o que eu tava falando. Intolerância minha não compreender que talvez você não estivesse DE FATO fazendo ideia disso tudo que estava passando na minha cabeça. 

Eis aí meu erro. Você não fazia ideia do que se passava. Quando você me perguntou “Tá aí?” notei que não estava sendo estabelecido um diálogo, uma relação ou qualquer coisa existente, nem que seja uma conversa sobre gostos musicais estava sendo estabelecido entre a gente, isso me fez ver que to buscando alguém com quem possa conversar, logo respondi “Até tava, mas não estou mais”. Na manhã seguinte, quando eu saí de minha aula e li a sua mensagem dizendo oi, por algum motivo, quis que você entendesse o que eu senti quando li o seu obrigado. Em vão. Ontem de MADRUGADA quando li tua mensagem falando sobre o meu sumiço, mais uma vez fui intolerante por razões que são minhas mas que eu estou buscando trabalhar e superá-las te falando numa boa o porque eu sumi.


Queria te dizer também que não foi legal essa masturbação mental que vivi durante essa semana sobre se esse era o seu jeito, se você era um cara de poucas palavras ou não gostava de se abrir, ou se havia acontecido algo que te deixou assim. Foi estressante, chato , cansativo e completamente desnecessário. Embora todas essa sensações tenham sido minhas, embora tenha sido EU apenas o que sentiu, saiba que esse é o teu impacto na pessoa que te conheceu no dia 27 de janeiro, apenas 5 dias após meu aniversário. Veja que presente foi a semana posterior. Hehe, mas claro, isso você não tinha como saber, afinal, nossa conversa foi breve.

Veja como você foi uma pessoa agradável na segunda feira, na minha cabeça todos esses fatores estavam jogando cocô na sua imagem e MESMO assim, eu passei tanto tempo justificando esses fatos com frases como “esse deve ser o jeito dele” ou “eu tenho que aprender a me relacionar com as diferenças, ser mais flexível, aceitar melhor as pessoas como elas são”. Você  causou todo esse desconforto na semana passada com apenas 2 horas de papo. Acho que uma das frustrações foi de ter achado que você era essa pessoa das 2 horas, mas vi que não, vi que você agiu com o tipo de comportamento o qual você disse ser o que todo mundo sempre usa, devia ter me ligado logo de cara quando você falou que era assim que as pessoas com quem você se relacionava agiam. 

Saiba que eu gosto de conversar, eu gosto de saber quem as pessoas são, o que elas gostam, de onde elas vem, o que as tornam elas. Eu gosto de trocar experiências e conhecer coisas e ideias novas. Vi também que eu me enganei  a teu respeito e pelo MEU engano, te peço perdão, afinal, cobrei de ti coisas que EU e mais ninguém TE atribuiu. Desculpa por isso. Quanto ao teu pedido de desculpas por me incomodar, saiba que ninguém além de eu mesmo permitiu esse incomodo, então, querido, quanto a isso não se preocupa, você está livre desse fardo, ok? No mais, sobre a experiência de te conhecer, posso dizer que a principio, não foi muito confortável, mas que você me proporcionou algo fantástico: o princípio à prática de falar para as pessoas como me sinto. Sim, essa é a minha primeira vez sendo completamente sincero com alguém. Então, você vai ser sempre muito especial, você foi o meu primeiro.

Ah, só mais uma coisa também, talvez agora seja difícil pra você considerar as coisas que estou falando mas saiba que acho esse papo de cobrança um saco, então, esse não é o intuito. To numa fase muito amor-próprio, muito desapego e se alguém me cobrasse algo nesse momento eu provavelmente mandaria essa pessoa ao inferno... haha então... eu entendo! Sem cobranças, nem pra mim e nem pra você, por favor! 

Talvez mais a frente você entenda a forma como me senti, mas isso não importa. Acho que, na verdade, não me importa nem se você vai ler essa mensagem toda, o que me importa é que eu disse o que eu queria. Meio egoísmo da minha parte, eu sei. mas... é isso. Espero ter sido o mais amigável, cordial e menos chato possível. Novamente, imagine tudo o que lhe disso como uma pessoa que tá buscando clareza e sinceridade em si mesmo para se cercar de pessoas assim. E como alguém que está falando tudo isso de coração aberto, pois é assim que estou falando.

Ah, só pra terminar, não quero resposta. Essa mensagem é só de ida.


                                                                                        Flávio. 






segunda-feira, janeiro 14, 2013




-Do you need any help?
-I'm fine, thank you. It's pretty shiny so I will probably find it soon.
-Pretty bitching cheese plate you brought over. My computer tells me you friend demanded on Facebook.
-Yeah, well I didn't feel like seeing you on my feeds any longer.
-That's not very nice.
-Yeah, well... You weren't very nice. You hurt me, okay? You hurt my feelings but I can deal with it because I have my big girl pants on.
-You realise you are actually wearing...
-I don't think that's funny.
-Look, I don't want you to be upset with me.
-You are kidding, right? You don't wanna date me that's fine, because I don't wanna date you either because I only wanna date people who wanna date me because that is called self respect, but I do not have to like you, okay? You were never my friend, you were only my lover and that is now over.

terça-feira, dezembro 25, 2012

Minha e só minha.

É louco como tenho observado sobre as pessoas e sobre a forma como se relacionam. Não só as pessoas mas a mim mesmo também. Esses meses tenho visto que tô em outra, eu me livrei de sentimentos e sensações que estavam me consumindo há mais de três anos. Decidi me dar um tempo, entrar numa academia, arrumar um trabalho que me identifico, adotar um estilo de vida mais saudável, completamente diferente da neurose e caos que eu estava vivendo.
Hoje eu me vejo quando me olho no espelho, saí da fase negra. É até estranho escrever sobre coisas boas e felizes, tava tão acostumado a falar sobre inseguranças e medos e traumas que agora que tenho coisas boas e legais pra mostrar, sinto uma certa dificuldade.
Uma vez me falaram que eu complico demais as coisas. Sabe quando alguém te desarma com apenas uma afirmação? Foi bem isso... Mas sem querer complicar a minha vida que anda livre de complicações, não consigo não me perguntar se esse estado de espírito tem haver comigo, com as mudanças de comportamento ou se foi algo de uma outra dimensão, alguém que teve dó da minha situação.


Did I ever call for your fame? Why do we fight in your name? Is it really true that you're there? And do you ever answer my prayers? We are calling for change, so why don't you come back again? Why do you spread love uneven? This is not what I believe in.
Do I have the right to write this down? Without heresy pointing a finger at me. Rights? We don't have no more. In this catastrophe, of a 21st century war. Are you there, God? It's me, Flávio.


Seria realmente necessário falar sobre o desenvolver dos meus pensamentos? Talvez esse questionamento explicasse um pouco a maneira como funciono dentro e fora de mim. Hoje é natal. O meu discurso assim como minha cabeça amadureceu e hoje eu me tornei um pouco mais atento a coisinhas. Pequenas, mas essenciais para mim hoje em dia. Não sei bem como resumir tudo o que me aconteceu porque ainda está acontecendo... Tenho me sentido em uma avalanche. Resumi.

terça-feira, fevereiro 28, 2012

desprendido

Foi tudo pro lixo. Os cintos, as letras, as canetas, os fios, os laços, o que um dia teve tanta significância agora está no lixo. Eu escuto as pessoas dizerem que o que importa se leva dentro da gente. Mas, se isso é verdade, por que o que atribuímos a objetos e a momentos se espaira no ar como grãozinhos de areia? 

Joguei tudo fora. Há meses me sentia um estranho dentro do meu quarto. Há anos me sinto um estranho dentro de mim mesmo. Noto isso quando vejo meu reflexo por acidente ou por intenção mesmo. Muito tem dentro da minha cabeça, dentro das minhas seguranças, das minhas inseguranças, dentro das minhas palavras vazias. Coisas que hoje eu não sei enumerar especificamente mas que à medida em que escuto o meu diálogo vou dando conta. 

Ouvi de você que tudo está se acabando e eu apenas não quero verbalizar. Bem, vou verbalizar agora que não quero ninguém verbalizando nada por mim. Eu sei dizer o que sinto, eu tenho voz, eu tenho força dentro de mim pra fazer o que eu quiser e eu só posso dizer que não tenho como controlar ninguém, principalmente você que em minha mente, vejo como areia em minhas mãos e mesmo eu as fechando seus micro pedaços voam por meus dedos. Já ficou claro que tudo mudou, eu entendi. Dentro de mim só não mudou a vontade de te amar. A vontade de estar ao teu lado apenas rindo ou com tédio. 

O que é isso? Por que perguntei o que é isso? Por que eu não quero mais falar sobre isso? O que é inconsciente e consciente? Eu não sei mais, não existe linha separando meu presente do passado. Apenas uma linha que separa o meu futuro, ou o que espero dele. Por que me manténs acordado, por que tens essa capacidade de me desestruturar? Eu te fiz minha base? Me erra. Me ama. Me tem como o irmão que eu te tenho. É só o que te peço. Ou o muito que te peço. Eu posso pedir? Eu devo pedir? A resposta é clara dentro de mim. 

A verdade é que foi tudo pro lixo com excessão dos meus sentimentos. Eu apenas dei espaço pra outras coisas virem. Outros objetos de decoração. Para visitas verem-me da forma como me vejo, ou da forma como queria ser visto. Ai meu coração. 

Pergunto tudo isso à você, Jonas? Ou a você, Abraão? A resposta à essa pergunta é clara como a água. Está tudo dentro de mim. Jonas não é Abraão. Jonas é amigo de Davi. Abraão é origem, fornecedor de sementes. Boas e ruins.

terça-feira, outubro 04, 2011

Sobre a convivência.

Eu sei que não sou a pessoa mais flexível do mundo, mas eu não consigo acreditar que o que me irrita em uma pessoa é o que eu não gosto em mim. Outro dia vendo duas pessoas vivendo, me deparei com a seguinte situação: "A" havia pego uma sacola retornável, para levar seus pertences para o trabalho, que aparentemente era de "B", quem imeditamente se manifestou dizendo: Não se esqueça de trazer minha sacola de volta. Ora, dentro da gaveta haviam várias, o que não faria muita diferença caso "A" perdesse a sacola, pois "B" teria várias outras para usar. Me perguntei por que "B" dava tanto valor à essa sacola, o que impulsiona alguém a ser tão possessivo com suas coisas. Eu tenho os meus dvds, as minhas roupas, a minha cama, meu computador que é lógico, eu fico com receio às vezes de emprestar, mas eu empresto porque sei a quem empresto, isso não me torna alguém egoísta, possessivo. Não ao meu ver.

Eu não moro com "B", eu passo muito pouco tempo com "B", na verdade, mas esse pouco tempo às vezes me tira do sério por algum motivo. Sempre que penso sobre essa irritação, vejo minha mãe na minha cabeça me falando que eu devo procurar em mim o que me irrita tanto em "B". Talvez seja a inconstância do meu humor, a forma como pra certas coisas sou tão metódico e pra outras, tão prático. Me analisando agora, fica fácil de acreditar em projeção sim. Damn it. O problema então não é somente com "B", mas com a minha dificuldade de lidar com isso em mim. Eu sei que não sou egoísta, mas sou muito metódico e inconstante e é isso que "B" me faz ver em mim mesmo através de sua inconstância e de seu metodismo. 
Quem diria, eu e "B" temos mais coisas em comum do que eu imaginava...

segunda-feira, outubro 03, 2011

Meu título.

"In the night your heart is full and by the morning empty." Acho que em quatro meses aprendi a aceitar algumas coisas em mim que até então eu não via redenção. Essa é uma delas. Eu aprendi a aceitar, falta agora aprender a lidar com isso em mim. "Tonight I feel like neon-gold. I take one look at you and I grow cold."
É muito difícil não ferir as pessoas. Principalmente sendo eu. Tendo a minha carga, os meus padrões. Eu sei que pode parecer justificativa barata para não me responsabilizar pelas minhas ações e é por isso que eu tenho em mente que preciso aprender a lidar com essas minhas "coisas". Engraçado como nem nomeá-las eu consigo, talvez ainda não estejam tão bem aceitas dentro de mim.
Por que é que há quatro meses eu sentia calor e agora sinto frio? Sentia fome e agora sinto náusea? Será que vou levar minha vida sempre assim? Me encantando e desencantando cada vez que encontrar a possibilidade de quebrar um padrão? Conquistá-la e perceber que não é o que eu quero, como num ciclo sem fim?

terça-feira, março 22, 2011

Meanwhile

Estou escrevendo algo que tem tudo pra ser formidável! Mas o problema é que acho que é mais formidável na minha cabeça que no papel. Mesmo assim estou escrevendo. Me ocupando, vivendo, sentindo e experimentando.

Às vezes me imagino em situações de vítima, às vezes me coloco de vítima. Acho engraçada essa expressão "Se fazer de vítima". Somos nós que nos fazemos de vítimas ou somos colocados nessa situação? E quando nos sentimos vitimados? Eu tenho um grau de paranóia meio elevado. Acho que todos e tudo conspira contra mim. Queria saber em que momento, que situação desencadeou essa desconfiança pra ver se a causa diminui o efeito.

Day 3-ish

Nostalgia. Mas não sei muito bem do que. Acho que do meu ego forte, afinal, ultimamente ele está bem ferido.

Angústia. Ontem tive um sonho que perdia a minha passagem. Um colega de oitava série pedia para vê-la, mais tomava do que pedia e nisso o elevador se fechava comigo dentro. Acho que por uma oportunidade dessas já ter me dado o gosto da esperança e não ter dado certo, isso tem me angustiado. Só que agora já está tudo certo, tudo programado, tudo comprado. Não dá mais pra voltar atrás, é só esperar. faltam hoje 80 dias para a minha viagem. Menos de dois meses! Tá começando a cair a ficha.

segunda-feira, março 21, 2011

Day two-ish

Agora eu sinto como se estivesse me justificando pelo meu atraso.
Recentemente decidi escrever. Não sei sobre o que ou até mesmo o que escreverei, mas já comecei.

Agora, às 6:00 da manhã, me veio à cabeça a palavra vingança. Existe algum ser tão puro que não tenha esse impulso? Reformulando a pergunta: Até que ponto dá pra se aguentar um tapa na cara e quão forte ele deve ser para superar o "oferecer o outro lado da face?"

Já me culpei muito por ter me entregue a esse desejo. Muito. Mas nesse momento eu me questiono se me culpei pelo dano que causei ou pela decepção em mim mesmo. Quem quer ter o adjetivo de vingativo pra acrescentar na listinha de defeitos? Eu não queria. Deveria ter pensado antes de agir. Mas eu devo me punir por algo que está / estava dentro de mim ou por ter agido em prole do que estava dentro de mim? A culpa é uma coisinha filha da puta que nos suga. É como uma droga que quanto pior os efeitos colaterais dela, melhor é a sensação em usá-la.

Eu não quero me culpar refletindo o que eu acho estar no outro. Lê-se: Eu não quero ser julgado pelos outros por mim mesmo. Queria eu ser o meu próprio juiz, mas não dá, mas não vou ser porque felizmente, ou não, vivo em comunidade onde tenho muitos pra assumir essa posição. A questão é: como eu não vou me importar com o que pensam de mim ao ponto de receber a punição que somente eu devo me dar e não os outros? Tough question.

sábado, março 19, 2011

Day One

Almost overlooked my appointment. Mas aqui estou. Tava observando como quando eu não faço as coisas ao pé da letra eu perco a vontade de total de fazê-las.

Hoje é aniversário de um grande amigo meu. Lembro como se fosse hoje a nossa primeira conversa. Rá. Desde mais cedo já tínhamos algumas coisas coisas em comum: cantoras, seriados, atrizes... Mas isso é bem de menos.

Embora nas leis físicas os opostos se atraírem, na lei cósmica os opostos se repelem e os iguais se atraem, como já diria a minha mãe. Minha foco não é o que nos junta mas sim estarmos juntos por um laço abstrato e concreto ao mesmo tempo. Hoje eu agradeço aos cosmos por ter ao meu lado um amigo tão presente e lindo como S. Não agradeço apenas porque hoje é aniversário dele, mas sempre que me lembro dele, agora só comentei por que o aniversário dele está chegando em algumas horas.

Lembro de situações em que tivemos atritos e de situações em que ele foi o meu porto seguro, em que lutou por mim e brigou comigo, mas sempre querendo o melhor. Pra mim, pra ele, pra nós. Acho muito clichê desejar felicidades em apenas três únicos eventos do ano: Natal, Ano Novo e Aniversário, então o meu post é mais uma homenagem que um simples desejo.

Escutei algumas vezes ele falando que ele era um puta amigo. Nas vezes em que ele disse isso eu pensei: "Nossa, que modesto." Mas isso não era só o que eu pensava, pensava também "É mesmo." Não tenho o que falar sobre ele como amigo.


amigo (a-mi-go)

s. m.

Pessoa a quem se está ligado por uma afeição recíproca: conservar, visitar os amigos.

Pessoa que aprecia, que gosta de alguma coisa: amigo da verdade, dos livros.


Acho que a única coisa que o aurélio esqueceu de colocar aí foi a sua foto!


Amo você, Samuel Castor.


Patterns.

No que eu mudei no sentido padrão em quatro anos?! Acho que nada. Meus amigos dizem que eu me empolgo muito quando começo algo mas logo perco o interesse. Seja uma rotina, uma desopilação, um relacionamento... Eu devo aceitar isso em mim? Esse negócio de que devemos reconhecer para depois aceitar é o maior caô da história!

Quantos defeitos reconhecemos em nós mesmos e não os aceitamos! Eu queria saber se aceitar é sinônimo de mudança. Uma vez li que temos necessidades e à medida em que as suprimos elas mudam e dão lugar a novas necessidades. Insight! Será que o que eu venho acreditando ser necessidades são necessidades ou apenas condicionamentos? Puta que pariu! Que nó na minha cabeça! Será que eu tenho justificado a minha falta de compromisso dizendo que são apenas necessidades e que à medida em que eu for as satisfazendo elas vão sumir?! Tudo faz sentido agora! Como você faz pra sair da sua zona de conforto? Me ensina? Faz tanto sentido agora a minha viagem: me tirar dessa zona de conforto que tem me incomodado tanto.

Incrível ver que meus desejos de fato tem fundamento, não me sentir como um garotinho mimado que quer o que não pode ter. Eu posso ter sim, mas sinto que aqui eu não vou conseguir, não do jeito que as coisas estão, pelo menos. Tenho procurado nos outros uma função que só eu posso exercer sobre mim mesmo, ordem.

Não vai ser em um homem que vou encontrar essa função que deveria ter sido passada por meu pai quando eu era criança. Isso não o torna um idiota, só torna as coisas um pouco mais difíceis pra mim: a auto disciplina. Isso também me mostra um dos meus costumes e padrões que atribuo a alguém num relacionamento, eu realmente não sei se esse insight irá mudar em alguma coisa na minha forma de agir em relação a isso, mas agora que tenho consciência disso, vou tentar me policiar mais.
  • Primeira tarefa: Postar pelo menos um parágrafo no meu blog todo dia às 18:00 da tarde por duas semanas!


à espera de um sentido.

Falando sobre pensamentos aleatórios, cansei dos meus pensamentos virem em palavras tão aleatórias quanto os próprios, então, de hoje em diante, me farei o mais direto o possível.
Ultimamente eu tenho esperado viver um futuro porque o meu presente está o mais parado o possível, tranquei faculdade e em quatro meses eu não cumpri muito. Qual é o meu papel na sociedade nesse momento? A maior parte do tempo eu passo angustiado por me sentir tão vazio. Me sinto tão vazio que busco preenchimento no álcool, na presença dos amigos, nas festas, leituras, seriados, mas quero mesmo um sentido maior! Um trabalho, uma função, um dever.

Tenho tentado me ocupar na medida do possível com um curso que fiz, com um plano de leitura que me dispus a cumprir mas nada disso me inspira utilidade. "Vamos sair! Mas não temos mais dinheiro, os meus amigos todos estão procurando emprego ou já empregados" e eu aqui. Esperando. Esperando pelo que? Uma nova vida que começa em alguns meses. Haha, e até lá? "Vamos viver, temos muito ainda por fazer! Não olhe pra trás, apenas começamos!"? Nesse caso eu comecei o que? A contagem regressiva pra um novo nascimento? Não! Pra espera de que algo vai mudar lá fora uma vez em que chegar ao meu destino. Acontece que eu não vejo a mudança dentro de mim e o que isso quer dizer? Que as coisas vão permanecer da mesma forma uma vez em que chegar no ponto em que desejo chegar? Espero que não.

Às vezes bate um arrependimento, uma dor em colocar minha mãe numa posição meio desconfortável para realizar algo que eu sempre quis. Gosto de pensar que uma vez em que cumprir minha meta um novo rumo virá! Que essa experiência irá me trazer algo concreto aqui. Mas e atá lá? O que devo fazer? Sugestões? Esqueçam o "sugestões?"! Eu tenho que descobrir por mim mesmo! E até lá, vou viver! Tenho muito ainda o que fazer!

segunda-feira, setembro 20, 2010

plato would understand me.

Eu estava hospedado em um hotel de frente ao mar num dia em que se misturava o cinza e o azul do oceano no céu. Havia passado a noite no hotel e me acordei com um escândalo sexual que ocorrera pela manhã. Envolvia o gerente do hotel e eu.

Saí do hotel como uma mulher às pressas tentando cobrir suas partes íntimas e ao mesmo tempo se vestir, o que foi fracassado, pois ao sair, me deparei com um grupo de pessoas que se encontravam à beira do mar para viajarem atrás do seu eu interior, pessoas muito variadas. Lá estava um homem, que era o líder, cuja força desafiava a ciência. Ele nos levaria até o habitat onde nossas verdades secretas estavam escondidas, colocando algemas douradas em seus pulsos e nadando na velocidade da luz.

Fomos em direção ao mar, que era lá onde nossa aventura começaria. Nadamos, e quando chegamos a um determinado ponto, todos deram as mãos, formando um círculo de proteção onde a água não nos afogaria. Passamos por vários barcos afundados, várias salas de jantar, cozinhas, locais onde reis e rainhas transitaram e vimos os mais lindos talheres e enfeites que podíamos ver. Era tudo muito pequeno e delicado, mas, além disso, havia alguns bibelôs que tinham um formato nada convencional, eram bibelôs no formato de pênis. Esforçava-me para levar algum, mas algo me dizia não, pois cairia do círculo e morreria afogado, logo eu dizia a todos que não queria levar nenhuma lembrança.

Chegamos a um local deserto do oceano, habitado apenas por corais e poucos peixes que ali procuravam algum vestígio de comida, mais para o lado do oriente. Estávamos submersos no fundo do oceano e tínhamos contato com nada além de nós mesmos. Era o que eu achei. Lá, no fundo do mar, há milhares de quilômetros abaixo do solo terrestre, se encontravam não somente eu e o grupo, mas o gerente do hotel que eu estava hospedado. Ele havia feito uma lista com todos os meus defeitos e mostrado não só pra mim, mas para quem quisesse escutá-los. Havia em torno de oito a dez defeitos, mas o que me lembro com mais nitidez, era que eu era interesseiro. Ele disse: “Você, Flávio, é todo bonzinho quando quer alguma coisa, mas depois que a consegue, fica frio e estranho!”. Eu entendia o que ele queria dizer, mas me revoltei rebatendo: “E qual é o problema em me esforçar ao dobro para conseguir algo que eu quero? Isso só deveria ser algo bom.” Houve uma longa pausa e ele sorriu. Como foi bom me defender de mim mesmo, embora eu não fosse ele, era como se ele fosse eu. Foi como dizer “Foda-se, Flávio crítico.” Mas como não pude dizer isso a mim mesmo, disse a ele o que foi tão bom quanto. Senti que uma parte de mim havia se encaixado com aquele defeito apresentado, não com o defeito em si, mas com a minha postura ao tentar ver uma qualidade em um defeito e, além disso, aceita-lo.

Depois de tanta clareza, fui dormir. Ao acordar, parecia que outros grupos haviam chegado ao lugar em que estávamos para se encontrarem também. Comunicamo-nos com duas mulheres à nossa frente e as convidamos para almoçar conosco. Trouxeram um prato típico do Afeganistão que era delicioso, mas antes de terminar de comer, a comida virou pedra e havia sido tomada de mim. “O almoço acabou” exclamava uma voz grossa e tempestuosa. Agradeci as duas pela comida e voltei a dormir. Tive um sono longo e renovador, mas tive que acordar com choros e luto, pois uma cantora que estava em nosso grupo, havia sido envenenada na outra noite. Chorei como um recém-nascido querendo o toque de sua mãe. Perguntei quem a tinha envenenado e disseram: “O cavalo. Que é você.” Fiquei então inconsolável até que me explicaram que a carne de cavalo que ela me pedira para passá-la, estava estragada. Fiquei menos mal, mas queria de todo jeito sair daquele lugar. Questionei-me o que aconteceria se eu acordasse, foi quando começou a entrar água dentro do círculo e não conseguia mais respirar. Em todo aquele tempo, eu imaginava estar ao ar livre, mesmo sabendo que estavam dentro do oceano, mas abrir os olhos daquela forma me fez ver que estávamos dentro de ostras marinhas e despertar daquela forma, havia a aberto. Mas ela havia batido então tivemos que nadar até outra. Nesse meio tempo, me forçaram a ler uma revista de colunas sociais para que a ostra pudesse se abrir e fechar novamente. Percebi então que ali era o mundo das ideias de Platão e toda aquela verdade me incomodava ao ponto de eu querer voltar para o mundo de mentira.

Amanheceu e eu podia ouvir minha mãe me chamar. O céu estava azul anil e podia me ver saindo do mar e voltando para o mundo imaginário ao som dela me chamando para almoçar.

sexta-feira, maio 28, 2010

Grief

Lexi: [narrating] Grief may be a thing we all have in common, but it looks different on everyone.
Mark: It isn't just death we have to grieve. It's life. It's loss. It's change.
Alex: And when we wonder why it has to suck so much sometimes, has to hurt so bad. The thing we gotta try to remember is that it can turn on a dime.
Izzie: That's how you stay alive. When it hurts so much you can't breathe, that's how you survive.
Derek: By remembering that one day, somehow, impossibly, you won't feel this way. It won't hurt this much.
Bailey: Grief comes in its own time for everyone, in its own way.
Owen: So the best we can do, the best anyone can do, is try for honesty.
Meredith: The really crappy thing, the very worst part of grief is that you can't control it.
Arizona: The best we can do is try to let ourselves feel it when it comes.
Callie: And let it go when we can.
Meredith: The very worst part is that the minute you think you're past it, it starts all over again.
Cristina: And always, every time, it takes your breath away.
Meredith: There are five stages of grief. They look different on all of us, but there are always five.
Alex: Denial.
Derek: Anger.
Bailey: Bargaining.
Lexie: Depression.
Richard: Acceptance.

quinta-feira, maio 20, 2010

walking in the city and in everywhere
and i just don't feel like i belong in anywhere,
meanwhile it feels like i'm running out of luck,
just stepped on poop and now i keep saying shoot.
damn you fucking bastard, i hate you fucking bastard
and now i'll end this song with a die, you are a jerk!

hááá, escrevi uma música!

quinta-feira, maio 13, 2010

after the post it

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É com um suspiro estranho que começo a me lembrar do que aconteceu há algumas semanas. Meus amigos todos dizem que não dá pra se esperar que as pessoas ajam da forma como esperamos que elas agissem, mas, é muito contraditório e arriscado pra eles mesmos afirmarem isso.
Por que um algo não correspondido me causou tanta incerteza até então? Hoje eu vejo que se não tivesse sido por um, teria sido por outro o que torna tudo quite, mas e aí? Sabe, acho que você tratar de assuntos tão sérios quanto os sentimentos das pessoas por post-it notes. Eu sei que não sou a melhor pessoa pra cobrar algum tipo de atitude das outras pessoas, acho que por isso minha revolta não é maior, por já ter feito pior. “O que vai, volta”, “lei do retorno”, o que queira chamar. Voltou e voltou matando, pois NUNCA imaginei que algo tão podre pudesse acontecer logo comigo que sempre achei ter tudo na palma da mão. Por um lado, a experiência de estar no outro lado foi interessante num aspecto de como tratar e ver as pessoas como seres humanos providos de emoções, ânsias, angustias e principalmente sentimentos.
Hoje também, vejo que eu dei o melhor que eu podia dar em tão pouco tempo e que isso tudo não é tão assustador e tosco como eu achava ser. Vejo também que ele sempre vai ser o cara do post-it pra mim e eu o cara ideal na teoria pra ele. No hard feelings. De verdade, não vou me extender dizendo que desejo que seja feliz e etc, o caralho, desejo isso pros meus amigos e pra minha mãe, na verdade, não desejo nada pra ele, desejo pra mim apenas, uma melhoria como pessoa, um melhor tato nas minhas relações, principalmente com as pessoas mais próximas.

                                                

quarta-feira, março 03, 2010

desde o início do semestre tenho pensado e estudado bastante sobre a convivência, que ela começa consigo mesmo e tudo, estudei também que devido à convivência começar em nós mesmos, é necessário que sejamos bons para nós mesmos, de que maneira? agindo de acordo com nossos instintos, com nossa vontade interior muitas vezes abafada pelo grito da moral, do que é certo para os outros. muitas vezes romper com o esperado é mais difícil do que o que se pensa, mas é assim que andamos pra frente e agimos de acordo com o que somos na essência.
mas o que acontece quando a nossa essência se torna repetidamente egoísta? machucamos as pessoas com frequência, pra ser sincero não sei nem se esse post é falando sobre mim mais, em algum aspecto ainda é, afinal me incomoda muito o que não gosto em mim, por isso escrevo pensando em outro o que vejo em mim mesmo.

às vezes queria ser como aquelas pessoas que vêem somente o que querem, criando assim uma barreira para protegê-las e não entrar em contato com a realidade dolorida, mas ao invés, de tanto imaginar quão defeituoso sou, desenvolvo falhas que acredito nem existirem para não me focar nas que realmente existem. oh crap. sinto como se não soubesse quem sou, quanto mais eu me conheço, mais percebo que mudo rápido demais ou nem isso, percebo que não me conhecia como achava ter conhecido.

embora conviver comigo mesmo tenha sido muuuuito melhor do que nunca, ainda há questões que precisam ser esclarecidas. sinto que a gabriela foi uma peça chave na minha formação pessoal, da infância à fase adulta. vez ou outra me pego pensando nela, em como ela deve ter sido triste e me culpo. outro dia sonhei que a reencontrava depois de... 10 anos, ela tinha ainda seu mesmo semblante infantil, doce mas ao mesmo tempo sofrido que nesse exato momento, ao recordar, meus olhos se enchem d'água. ela estava com seu cabelo, negro e cacheado, solto com apenas duas mexas presas. encontrava-se com sua mãe no setor clínico de brasília, onde minha mãe tinha seu consultório. eu chorava muito, soluçava até e pedia perdão, dizia que éramos crianças e eu não tinha noção do que era aquilo, que eu não fiz por mal e era quando a dúvida começava a brotar na minha mente: será que não era por mal?

tudo o que queria hoje em dia era que nada do que aconteceu na nossa infância tivesse acontecido. talvez, se nada disso tivesse acontecido, ela nunca teria sentido a necessidade de voltar a morar com sua família...

na verdade esse post realmente não é pra mim. gabi, eu queria te dizer que eu sinto muito, aonde você estiver, pelo irmão que eu não fui, pela família que te acolheu não em todas as partes, eu não sei se você vê as coisas dessa forma como eu imagino que você veja, mas se você vê-las, or favor me perdoe, eu ainda tenho um amor muito grande por você, queria mesmo que tudo tivesse sido diferente, que você tivesse ficado, que hoje você pudesse compartilhar comigo os seus medos, alegrias, tristezas e sonhos... mas infelizmente eu só posso querer. saiba que se eu pudesse voltar no tempo e refazer tudo, eu refaria. eu sinto tanta falta de escutar sandy e júnior com você, de rir das coisas bobas, jogar queimada na sala de televisão. queria que você soubesse também que eu nunca vou te esquecer, mesmo você nunca lendo isso e mesmo a gente nunca mais se vendo na vida, o que eu espero que o destino dê um jeito de nos encontrarmos numa situação boa e feliz pra que eu possa te falar tudo isso.